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Travessia marcou último dia do V Encontro

por Lucianna Silveira/Coletivo Nigéria


Na sexta, dia 20, pela manhã, como um encerramento oficial do encontro, houve a II Travessia pelas ruas do centro da cidade. O objetivo, como nas manifestações de rua de encontros anteriores e das lutas representadas pelas mães, foi denunciar as mortes resultado da violência institucional do Estado e o encarceramento em massa e anunciar a importância do encontro acontecer em Fortaleza. A concentração aconteceu na Praça Murilo Borges, em frente ao prédio da Justiça Federal no Ceará.


Ainda na concentração, mães e familiares gritaram palavras de ordem e lembraram a memória de meninos e meninas vítimas fatais das diversas violências policiais, citando seus nomes e gritando “PRESENTE!”


Entre algumas intervenções de mães, familiares e artistas locais, Iza Negratcha, presidente do Comitê de Prevenção e Combate à Tortura de Sergipe, integrante do Movimento Desencarcera Sergipe e também rapper, cantou algumas de suas letras e recitou poesias autorais.


“Minas contra o sistema é nosso lema… minas de atitude, mas não se ilude, somos mulheres, somos pretas de atitude.” - Refrão do rap cantando por Iza Negratcha

“Mulher, mulher, atitude e união. Mulher, mulher, somos a revolução” - Refrão de outro rap cantando pela artista.

A programação se encerrou na Praça do Ferreira, importante símbolo do Centro de Fortaleza. Na ocasião, artistas e poetas trouxeram seus trabalhos ao pequeno palco montado. De maneira simbólica, as mães e familiares deixaram fitas nas grades do relógio, como um rastro do Encontro no Ceará. Ao final, formou-se uma grande roda de coco celebrando e encerrando o momento.


Veja como foi a II Travessia neste vídeo:







Homenagem e memória às mães de luta


Euristéia, Darlana, Francelina, Elizângela, Julia, Janaína, Marilene, Joselita, Rosângela, Dulcinéia, Cristiane, Edinéia e Teresa, eram os nomes nas placas de homenagem na mesa a frente do auditório. Elas foram mães e familiares que fizeram parte da luta por justiça, memória, e busca por direitos para os filhos e filhas e tiveram suas trajetórias rompidas, durante os anos que se passaram desde suas perdas e início de suas lutas.


Elas foram homenageadas durante o encontro, e tiveram suas vidas lembradas. Essas mulheres partiram pelo adoecimento do corpo e também psicológico, algumas, por não suportar a dor da perda de seus entes queridos. Na placa de memória, presente durante todo o encontro, dizia: "Essa saudade segue em memória de resistência traduzida nessa afetiva homenagem e reconhecimento nas lutas por direitos e justiça".


Mães em luta, presentes!


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